Segundo o MP, uma das vítimas foi um PM que não repassou arrecadação ao grupo
Investigações apontam que a milícia supostamente liderada pelo vereador do município do Rio de Janeiro Luiz André Ferreira da Silva, o Deco ou O Iluminado, fazia uma espécie de assembleia para decidir quais desafetos do grupo iriam para uma espécie de "lista negra".Deco foi preso na última quarta-feira (13) durante a operação Blecaute, desencadeada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, sob suspeita de chefiar o grupo que controlava 13 comunidades das zonas norte e oeste do Rio.
De acordo com o promotor Décio Alonso, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, os representantes de cada comunidade se encontravam e decidiam, em reuniões mensais, se as pessoas iriam ficar marcadas para morrer ou não, uma espécie de tribunal do crime.
- As pessoas escolhidas eram aquelas que não se enquadravam nas regras definidas pelos criminosos, pessoas que não concordavam com o pagamento de taxas, usuários de drogas, traficantes, entre outros. Não sabemos quantas exatamente, mas sabemos que pessoas foram mortas. A milícia faz isso para intimidar, para servir de exemplo.
O promotor citou o exemplo de um policial militar ligado à milícia que foi morto porque arrecadou uma quantia em dinheiro de serviços explorados em determinada comunidade e não repassou o total para a cúpula da milícia.
- Ele e um homem que diziam ser namorado dele foram executados. Tiveram as mãos amarradas, foram amordaçados, sofreram enforcamento e acabaram mortos a tiros. Há inquérito relatado sobre esse caso.
- As pessoas escolhidas eram aquelas que não se enquadravam nas regras definidas pelos criminosos, pessoas que não concordavam com o pagamento de taxas, usuários de drogas, traficantes, entre outros. Não sabemos quantas exatamente, mas sabemos que pessoas foram mortas. A milícia faz isso para intimidar, para servir de exemplo.
O promotor citou o exemplo de um policial militar ligado à milícia que foi morto porque arrecadou uma quantia em dinheiro de serviços explorados em determinada comunidade e não repassou o total para a cúpula da milícia.
- Ele e um homem que diziam ser namorado dele foram executados. Tiveram as mãos amarradas, foram amordaçados, sofreram enforcamento e acabaram mortos a tiros. Há inquérito relatado sobre esse caso.
Operação Blecaute
Na operação iniciada na última quarta-feira, o vereador Deco, que negou todas as acusações e alegou suposta motivação política, foi preso com outros dois homens: Bequinho, responsável pela associação do conjunto Ipase, na Praça Seca, em Jacarepaguá (zona oeste), e Arílson Cabeção, apontado pela polícia como armeiro do grupo.
A presidente da Associação de Moradores da favela da Chacrinha se entregou à polícia nesta quinta-feira. As associações serviam como principais bases do grupo paramilitar. Ao todo, cinco pessoas haviam sido presas até a noite de quinta-feira (14).
A polícia ainda procura por um homem conhecido como Lica ou PM Souza. Apesar de não ser policial, depoimentos apontam que ele era visto vestido com farda da Polícia Militar e que circulava em carros da corporação. Lica é apontado com um dos principais matadores da milícia.
O promotor Décio Alonso diz que não é possível afirmar se Deco usava seu gabinete na Câmara de Vereadores como escritório da milícia, mas informou que, em outros mandatos, suspeitos denunciados pelo MP na operação Blecaute trabalharam como funcionários no gabinete de Deco.
- Algumas pessoas mentem. Perguntadas se conheciam o Deco, muitas disseram que não. Mas as mesmas pessoas estavam lotadas no gabinete dele.
Sobre a presença da milícia em áreas antes dominadas por outros grupos, como favelas de Quintino (zona norte), por exemplo, o promotor explicou que esse espaço pode ter sido ocupado porque o grupo anterior estava enfraquecido.
- Isso pode ter acontecido porque os integrantes desse grupo estão presos, porque milicianos não se metem em áreas de outros milicianos. Há uma espécie de acordo de cavalheiros entre eles. Quando um deles comete algum crime na área do outro, os líderes se comunicam e aquele que se sentiu prejudicado pede a cabeça do autor do delito. Assim, o grupo fica devendo favor ao outro.
Na operação iniciada na última quarta-feira, o vereador Deco, que negou todas as acusações e alegou suposta motivação política, foi preso com outros dois homens: Bequinho, responsável pela associação do conjunto Ipase, na Praça Seca, em Jacarepaguá (zona oeste), e Arílson Cabeção, apontado pela polícia como armeiro do grupo.
A presidente da Associação de Moradores da favela da Chacrinha se entregou à polícia nesta quinta-feira. As associações serviam como principais bases do grupo paramilitar. Ao todo, cinco pessoas haviam sido presas até a noite de quinta-feira (14).
A polícia ainda procura por um homem conhecido como Lica ou PM Souza. Apesar de não ser policial, depoimentos apontam que ele era visto vestido com farda da Polícia Militar e que circulava em carros da corporação. Lica é apontado com um dos principais matadores da milícia.
O promotor Décio Alonso diz que não é possível afirmar se Deco usava seu gabinete na Câmara de Vereadores como escritório da milícia, mas informou que, em outros mandatos, suspeitos denunciados pelo MP na operação Blecaute trabalharam como funcionários no gabinete de Deco.
- Algumas pessoas mentem. Perguntadas se conheciam o Deco, muitas disseram que não. Mas as mesmas pessoas estavam lotadas no gabinete dele.
Sobre a presença da milícia em áreas antes dominadas por outros grupos, como favelas de Quintino (zona norte), por exemplo, o promotor explicou que esse espaço pode ter sido ocupado porque o grupo anterior estava enfraquecido.
- Isso pode ter acontecido porque os integrantes desse grupo estão presos, porque milicianos não se metem em áreas de outros milicianos. Há uma espécie de acordo de cavalheiros entre eles. Quando um deles comete algum crime na área do outro, os líderes se comunicam e aquele que se sentiu prejudicado pede a cabeça do autor do delito. Assim, o grupo fica devendo favor ao outro.
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